Estou falando muito bem de Santarém em todo o Brasil, diz Camila Pitanga

Foto José Rodrigues / TV TapajósEsbanjando simpatia, a atriz Camila Pitanga foi o centro das atenções da coletiva de imprensa ocorrida hoje em Santarém, na sede do Projeto Saúde & Alegria, sobre o lançamento do filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, no qual a atriz é protagonista juntamente com o ator Gustavo Machado.

Acompanhada dos diretores Beto Brant e Renato Ciasca, com a presença na Prefeita de Santarém, Maria do Carmo, a atriz não poupou elogios à cidade e às comunidades ribeirinhas onde a maior parte do filme foi gravado. “Não é toa que decidimos estar aqui hoje, no mesmo dia em que o filme estréia nos cinemas de todo o país. Queremos retribuir essa alegria com a população que nos recebeu com tanto carinho. Estou falando muito bem de Santarém em todo o Brasil”.

A prefeita Maria do Carmo falou da importância do filme para a divulgação da cidade, das belezas da região, e afirmou que a atriz já se tornou uma espécie de embaixadora de Santarém. Além disso, destacou que “a equipe do filme teve um diferencial de outras produções, porque se misturou com a cidade, conviveu intensamente com a nossa gente, conhecendo nossa cultura e também nossos problemas”.

O Diretor Beto Brant, falou que o filme trata de uma cidade imaginária, mas que a trama foi contextualizada a partir da imersão que fizeram visitando a região dois anos antes das gravações. “Foi aí que conhecemos pessoas que foram determinantes para que o filme contemplasse questões importantes que estão acontecendo no presente. Por exemplo, a partir do contato com o Projeto Saúde & Alegria resolvemos incluir na trama o Movimento em Defesa da Vida e Cultura do Arapiuns, onde os comunitários lutam em defesa da floresta”.

Camila Pitanga disse que além do filme mostrar as belezas naturais, a riqueza cultural da região, permitiu também mostrar questões problemáticas da região, como os conflitos pela terra, o desmatamento e a luta das comunidades para a proteção de seus territórios e da floresta. Camila destacou a luta de Dinael Cardoso, Dadá Borari e Poró, líderes do povo indígena do Maró e Arapiuns, que participaram das gravações. “Acho que esse filme vai ajudar a dar visibilidade a essa luta, que já teve avanços mas continua com desafios”, afirmou a atriz, comentando ainda que a inclusão dessa temática foi uma das principais motivações de sua atuação no filme, pelo seu envolvimento não apenas como artista, mas também como militante dos direitos humanos.

Foto: Fábio Pena / Rede MocorongaO Diretor também buscou valorizar os talentos locais. Foi o que aconteceu com a participação do palhaço Magnólio de Oliveira, que faz o personagem Chico Chagas. Estrela do Circo Mocorongo do Projeto Saúde & Alegria, Magnólio levou para a telona sua alegria. “Um misto de sábio e palhaço”, como comentou em outra oportunidade Camila Pitanga.

Na coletiva, Magnólio estava lá com sua irreverência e aproveitou para premiar a equipe do filme com a estatueta do MocorOscar, um prêmio que é concedido para as melhores produções da Rede Mocoronga de Comunicação Popular do Saúde & Alegria, em que jovens são capacitados para a produção de vídeos populares.

Beto Brant aproveitou para falar da importância desse trabalho, que conheceu nas visitas ao projeto. “Isso é muito importante para desenvolver esse universo cinematográfico, fazendo com que as pessoas eduquem o olhar para o que está a sua volta”, comentou.

Fonte: @RedeMocoronga

http://www.redemocoronga.org.br

Camila Pitanga vem a Santarém para lançar filme gravado na região

No dia 20 de abril, sexta-feira, quando o filme “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” tem estréia nacional, sua protagonista, Camila Pitanga, estará na cidade de Santarém onde grande parte do filme foi gravado, para apresentar a obra à população local. Juntamente com a atriz, seu parceiro na trama, o ator Gustavo Machado e os diretores Beto Brant e Renato Ciasca estarão na cidade. A exibição acontecerá no auditório do Hotel Amazônia Boulevard, em duas sessões às 20:00h e às 22:00h.

O “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios” é baseado no livro homônimo de Marçal Aquino. Estrelado por Camila Pitanga, Gustavo Machado e Zecarlos Machado, “Eu Receberia…” já possui um invejável currículo de prêmios, como o de Melhor Atriz no Festival do Rio 2011, Melhor Ator (para Zecarlos Machado) no Amazonas Film Festival 2011, Melhor Longa de Ficção na Mostra Internacional de São Paulo e Melhor Filme no Festival Cine Iberoamericano de Huelva 2011.

Trata-se de um triângulo amoroso que envolve Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo cético em relação ao amor, que decidiu largar seu trabalho em uma revista semanal em São Paulo para conhecer o interior do Brasil. Devotado à beleza, ele encontra no lindo cenário amazônico a bela e instável Lavínia (Camila Pitanga), mulher do pastor Ernani (Zecarlos Machado), homem que acredita ser possível consertar as contradições humanas. Mas no meio da floresta ainda existem lugares onde a honra se lava com sangue e Cauby não imaginava que acabaria envolvido num triângulo amoroso imprevisível, fazendo com que ele perdesse o controle da própria vida.

A estrela de filmes como Caramuru – A Invenção do Brasil, de Guel Arraes, e Saneamento Básico, de Jorge Furtado, além de diversas minisséries e novelas, Camila Pitanga, conquistou, como ela mesma define, “território novo” ao aceitar o convite para atuar em “Eu Receberia…”. Para dar conta da personagem, Camila conta que entrou em contato com seus limites, como ser humano e como atriz. “Foi um processo de transformação muito grande. E isso também requer muita confiança nos diretores. Foi fundamental eu me sentir como me senti, acolhida”.

Camila se lembra de um clima excepcional na produção: “Foi quando a gente foi filmar em São Pedro, uma comunidade no rio Arapiuns, em Santarém. Alí a equipe já estava completamente consolidada como núcleo artístico, familiar, amizade, saudade que a gente sente até hoje um do outro. Tivemos esse momento idílico quando a equipe toda ficou num barco, foi um processo de trabalho extraordinário. Um comprometimento artístico como poucas vezes eu vivi”. Camila também nunca havia estado no Pará. “Era tudo novo, fantasticamente novo, envolvente. Vivi aquela terra, aquelas pessoas de maneira muito forte”.

A espera de cinco anos entre a compra dos direitos do livro, e a captação e preparação para as filmagens, também implicou em algumas atualizações da trama, especialmente do contexto político, levando os diretores a substituir a questão do garimpo, candente no livro, pelo desmatamento, no filme. Ciasca explica a troca: “É uma questão que está acontecendo neste momento. O garimpo saiu do quadro porque ele foi evento há dez anos atrás. A gente trouxe a história para o presente. E o que a gente filma ali está acontecendo neste exato momento”.

A partir de um contato com a ONG Saúde e Alegria, que atua nas comunidades ribeirinhas de Santarém, os diretores descobriram o Movimento em Defesa da Vida e da Cultura do Rio Arapiuns, em que se inserem os “índios resistentes” – como se autodenominam índios que não habitam reservas mas lutam pelo reconhecimento de seus direitos como povos indígenas, reivindicando demarcação de seus territórios e o fim do manejo ilegal de madeira na região. Do Movimento também tomam parte não índios, todos unidos na luta pela proteção e manutenção do lugar em que vivem.

Beto conta: “Nós vimos ali um conflito que estava realmente acontecendo e envolvendo pessoas que defendiam a terra. Não estavam de passagem, como os garimpeiros. Eram nativos, que tinham ancestrais ali, gerações e gerações defendendo a terra, com um desejo de ocupação, não de exploração. Naquele momento, a gente viu que o conflito era atual e que seria muito legal tomar o partido dessas pessoas que têm essa ligação com a terra e estão defendendo o direito ancestral de morar naquele lugar”.

E assim a trama foi contextualizada pelos diretores, que colocaram lideranças reais, como Dinael Cardoso e Odair Borari, este da Aldeia Novo Lugar no Maró, atuando no filme, reproduzindo a manifestação em que comunitários do Arapiuns bloquearam a passagem de balsas que carregavam madeira ilegal. Do Projeto Saúde e Alegria, Beto e Renato trouxeram para o elenco a grande estrela do Circo Mocorongo, Magnólio de Oliveira, que faz o papel de Chico Chagas. Além desta contextualização, o filme está recheado com as belas paisagens da região do Tapajós e Arapiuns.

Com o apoio da Prefeitura Municipal de Santarém, com o apoio logístico e aluguel dos equipamentos, e do Projeto Saúde & Alegria, o filme será exibido com a presença de Camila Pitanga, Gustavo Machado, Beto Brant e Renato Ciasca.

SERVIÇO:

DATA DA EXIBIÇÃO: DIA 20 DE ABRIL/2012

EXIBIÇÃO GRATUITA – PARA MAIORES DE 16 ANOS

1a Sessão: 20:00h – Somente para convidados

2a sessão 22:00h – Para público em geral, primeiras 500 pessoas que chegarem para retirar convite na portaria.

LOCAL: Auditório do Hotel Amazônia Boulevard

Av. Mendonça Furtado, nº 2946 – Fátima

COLETIVA COM A IMPRENSA: DIA 20 DE ABRIL ÀS 10:00H

LOCAL: Sede do Projeto Saúde e Alegria/ Av. Mendonça Furtado, 3979

Contatos: Magnólio de Oliveira: 96536666 Fábio Pena: 91529662

Mais informações: www.eureceberia.com.br

www.redemooronga.org.br

Fonte: @redemocoronga

Camila Pitanga fala do drama das comunidades ribeirinhas sobre a extração ilegal da madeira

Vivendo a sedutora e misteriosa Lavínia em “Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios”, que estreia nos cinemas nesta sexta (20), Camila Pitanga diz que o papel, para o qual se preparou dois anos, foi uma “dádiva”.

“O desafio era dar conta dessa mulher dilacerada e que se vê dividida entre dois homens”, disse a atriz em coletiva de imprensa realizada nesta segunda (16) em um hotel na zona sul do Rio. Sobre a cena de nu frontal, ela disse que não houve dificuldade. “Foi um ‘take’ só, é um órgão feminino exposto, não considero difícil. Não tirei a roupa, mostrei a alma da personagem. Me senti estimulada ao fazer este filme, foi uma dádiva.”

Não tirei a roupa, mostrei a alma da personagem.

Para dar intensidade na interpretação de Lavínia, Camila Pitanga se preparou por dois anos. “Fiz uma preparação com a Márcia Feijó e estudos corporais me fizeram chegar nas cenas, não foi fruto do acaso. Até entrevistas com diversos pacientes do Pinel (um hospital psiquiátrico público do Rio) eu realizei”, contou a atriz.
Camila ainda se lembrou dos quatro dias em que a equipe do longa teve que morar em um barco e das oito horas que precisou que enfrentar de Santarém para a comunidade de São Pedro, no Pará. “Este filme extrapola a ficção, mostramos também o drama das comunidades ribeirinhas sobre a extração ilegal da madeira e a falta de demarcação de áreas indígenas.”

O filme é o sétimo realizado por Beto Brant e Renato Ciasca e o segundo no qual dividem a direção. “Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios” é uma adaptação do romance homônimo do escritor Marçal Aquino, com quem Beto e Renato trabalharam anteriormente em  “Os Matadores”, de  1997. Por sua atuação como Lavínia, Camila ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival do Rio 2011.

“Corpo expressivo”

Na trama de “Eu Receberia As Piores Notícias Dos Seus Lindos Lábios “, Lavínia forma um triângulo amoroso com o pastor Ernani (Zé Carlos Machado), que acredita ser possível consertar as contradições do mundo, e Cauby (Gustavo Machado), um fotógrafo de passagem pelo interior da Amazônia. Para Beto Brant, a escolha de Camila para viver a protagonista foi muito acertada.

“Você dar rosto a uma personagem que já é um mito não é uma tarefa fácil, o livro do Marçal (Aquino) está na sua oitava reimpressão. Quem é a Lavínia? Ele (Marçal Aquino) responde que é uma para cada leitor que a interpreta. Uma mulher com dualidades, com dores que a regram o tempo todo. Você dar cara a isso é uma responsabilidade, chamamos uma atriz que está no auge e é comprometida com o que faz.. A Camila tem um corpo muito expressivo, em alguns momentos e eu tive que afastar câmera, porque ela se expressa com muita força”, explicou Beto.

Coletiva um pouco desastrada

A coletiva para os jornalistas reuniu além de Beto e Camila, o ator Gustavo Machado e Daniel Cardoso, líder comunitário da região amazônica onde o filme foi rodado. Em um dado momento da conversa, a mesa na qual concediam a entrevista chegou a desabar, mas rapidamente Camila e Gustavo, seguraram as toalhas e o pé da mesa.  Os gravadores dos repórteres acabaram por cair ao chão.

Camila chegou a chamar alguém do hotel, mas prontamente foi socorrida por jornalistas e cinegrafistas que estavam na primeira fileira. Gustavo Machado brincou: “Se este fosse um filme do Jim Carrey, isto seria perfeito”, disse, provocando risos nos presentes.

Fonte: http://cinema.uol.com.br/ultnot/2012/04/17/camila-pitanga-diz-que-mostrou-a-alma-da-personagem-em-nu-frontal-de-novo-filme.jhtm

Mídias Sociais na escola: por que não utilizá-las em sala de aula?

Você certamente se lembra dos tempos de colegial (ou Ensino Médio, dependendo da sua idade): era comum ver vários alunos em sono profundo durante aulas como Química, Física ou Matemática. Há, hoje, quem culpe o atual método de ensino por essas ocorrências, acusando-o de enfadonho e desinteressante, que falha em prender a atenção de um público volátil, caracterizado pelo dinamismo.

Hoje, a chamada “Geração Z” tem como maior característica o fato de estar online o tempo todo. Essa turma nasceu em uma realidade globalizada e convive com informações em escala mundial desde o berço. Pensando nessa mudança, alguns especialistas e acadêmicos decidiram que chegou a hora de uma “nova aula” para capacitar esses “novos alunos”.

Coordenador pedagógico e professor de Química da Oficina do Estudante (Campinas/SP), Anderson Dino é um desses acadêmicos que acham que o padrão atual, com alunos em silêncio e o professor ministrando o curso à frente de um quadro negro, precisa ser retrabalhado. Para ele, não é interessante que se mude tudo, mas adaptações bem grandes já viraram necessidade: “a lousa ainda é importante: como você vai ensinar Matemática sem ela?”, diz o professor.

“A ‘geração Z’ é o que chamamos de ‘nativos digitais’, ou seja, já nascem tendo à mão smartphones, tablets e pacotes de dados e 3G pagos pelos pais”, explica Dino. “É diferente da minha geração, por exemplo, que cresceu com apenas um televisor instalado na sala de jantar”. Dino ainda diz que, pelo fato da geração “mandante” ser aquela mais antiga, certas regras foram passadas pelo ponto de vista deles: “existe uma lei estadual, por exemplo, que proíbe o uso de celular em sala de aula – o professor pode tomar o aparelho e devolver só quando terminar a aula. Isso conflita com os interesses da geração atual, que prefere se manter conectada o tempo todo com o que lhe interessa. Entretanto, mesmo essas pessoas mais antiquadas adotam a tecnologia quando enxergam a interatividade que ela pode promover entre eles e seus alunos”.

Os argumentos de Anderson Dino são similares aos de outra acadêmica: Patricia Lopes da Fonte, autora do livro “Projetos Pedagógicos Dinâmicos: A Paixão de Educar e o Desafio em Inovar” (Editora WAK), diz que os alunos atuais anseiam pelo aprendizado que desafie seu conhecimento através de softwares e também pela web: “A Internet é uma tecnologia que facilita a motivação dos alunos, pela novidade e pelas possibilidades inesgotáveis de pesquisa que oferece. Essa motivação aumenta se o professor a faz em um clima de confiança, de abertura, de cordialidade com os alunos”.

Mas, efetivamente, quais recursos da web estariam disponíveis para um uso mais pedagógico? Dino não se acanha em mostrar seus próprios métodos na Oficina do Estudante: “Nós, por exemplo, fazemos vídeo-aulas via Youtube, publicando o conteúdo do dia na rede de vídeos. Também praticamos conversas pertinentes via Twitterpáginas oficiais no Facebook

Fonte também cita um exemplo que já vem sendo adotado por algumas instituições, que é a criação de um blog ou página da turma escolar. Por sua característica interativa, o blog pode produzir uma resposta quase imediata ao conteúdo publicado. Quando os alunos produzem um texto para publicar no blog, eles interagem com outros autores, pesquisam sobre o tema e passam a conhecer diversos escritores e ilustradores. Assim sendo, o interesse por obras literárias cresce, retomando e reinterpretando conceitos e práticas”, explica.

Ambos enxergam a proibição ao uso da tecnologia social na sala de aula como uma tentativa de dissociar o ensino pedagógico da realidade do aluno. Os especialistas argumentam que, devido à onipresença da tecnologia na vida cotidiana, é inviável tentar proibir algo que é tão comum à rotina. Sobre isso, Fonte diz: “A tecnologia faz parte da vida atual e já não sabemos viver sem ela. Temos a responsabilidade de educar no sentido pleno da palavra, ou seja, transformar o aluno em cidadão ativo, participativo na sociedade. Como fazer isso ao limitar e restringir”?

Já Dino condena a atual prática de aversão à tecnologia: “As pessoas só enxergam o lado ruim da tecnologia. Há quem diga que o uso de smartphones, por exemplo, é distração e atrapalha a atenção do aluno. Na verdade, basta apenas que você saiba usar a tecnologia em seu favor”. Para ele, o modelo de ensino utilizado hoje é muito “industrial”: o professor é visto como o chefe “linha-dura” de uma empresa. Isso conflita com a mentalidade dos alunos atuais, que estão habituados à pesquisa de ferramentas próprias na busca de conhecimento. “Hoje, os alunos descobriram que o professor não é mais o único transmissor do aprendizado”, diz.

Reprodução

Entretanto, existe uma questão estrutural: nem toda escola dispõe de acesso à internet, e aquelas que têm esse benefício costumam disponibilizá-lo em laboratórios fechados. Para o uso de redes sociais em aula, talvez seja necessária uma revisão de recursos – como wi-fi dentro das salas. Dino acredita que a tecnologia será barateada ao ser empregada para essa finalidade conforme os anos passam. O professor vai ainda mais longe, confiando num futuro onde todas as escolas poderão disponibilizar tablets para seus alunos.

Fonte já procura um método alternativo para tentar empregar essa reformulação pedagógica o mais brevemente possível: “Acho que o mais interessante é o trabalho se estender nas casas dos alunos, assim a lição de casa pode ser mais significativa e interessante. Nas escolas com poucos recursos existem outras possibilidades de inovação e o trabalho em grupos de estudo e pesquisa deve ser valorizado”.

Mas e quanto à dispersão dos alunos? Como prender a atenção deles dentro de um ambiente tentador e impedir que o jovem, por exemplo, deixe a aula de lado e comece a ver clipes no Youtube? Dino já emprega um método simples para isso: “acho que o ideal é começarmos com vídeos pequenos, de alguns segundos. O maior problema dessa geração é seu imediatismo: esses alunos não são leitores, então é necessário um incentivo à interação voluntária – fazer com que eles queiram saber mais. Mas isso deve ser gradual –  não dá para forçar tudo de uma vez”.

Sobre as questões de segurança – talvez o ponto mais importante para o bem-estar dos alunos -, ambos salientam certas políticas: na Oficina do Estudante, onde Dino leciona, por exemplo, não há a prática de emprego das mídias sociais em turmas do Ensino Fundamental: “Não acho bom expor a criançada a isso tão cedo – é preciso discernimento por parte do aluno também, para que exista um bom uso dos novos métodos de ensino. O Facebook, por exemplo, só cria contas para maiores de 13 anos, então eu não incentivaria o uso de perfis falsos apenas pelo mérito de educar”.

E você, o que acha do método atual de ensino? É necessária essa mudança que os entrevistados tentam empregar? Acha que seu filho aprenderia mais se a visão da tecnologia perante professores mudasse para algo mais favorável? Conte-nos nos comentários abaixo!

 

Fonte: @olhardigital

E o Facebook hein?


– Sabe, linda? O Facebook, não sei não.
– O que foi, gato?
– Essas mudanças nas regras de privacidade, linda. Não achei isso honesto.
– Como assim, gato?
– Hoje cliquei num artigo lá. Acabei nem lendo, era sobre tatuagens, alfinetes no umbigo, sadomasoquismo, não sei bem. Só sei que tinha fotos de uma gente muito da horrorosa e eu saí correndo. Fui ler outra coisa, esqueci o assunto, normal. Só que horas depois, linda, descobri que o Facebook estava anunciando pra todo mundo que eu tinha lido o tal artigo.
– E qual é o problema, gato? Você clicou nele mesmo, não clicou?
– Cliquei, linda, mas não li.
– Não leu mas clicou, gato. Ou melhor, diz que não leu, vai saber se é verdade. É a sua versão. Mas que clicou, clicou, isso não é versão. É fato.
– Fato? Fala sério! O que você chama de fato eu chamo de problema meu, ninguém tem nada a ver com isso.
– Engano seu, gato. Agora tem.
– Agora quando? O que foi que mudou nas regras da decência que eu não estou sabendo?
– O que mudou é que agora estamos em rede, gato. Rede social, já ouviu falar? Não está satisfeito, é só sair. Mas saiba que lá fora não tem vida propriamente.
– Hã?
– Tem vida lá fora, claro, mas é uma versão bem piorada da vida. Por que você está me olhando assim?
– Assim como?
– Como se eu fosse um ET, gato. Até parou de me chamar de linda.
– Impressão sua. Deve ser o sinal ruim.
– Aqui o sinal está bom, gato.
– Pois aqui está péssimo. Esse Skype, não sei não.

Fonte: @Veja

por ocaboco

Amanhã Folha promove pré-estreia do filme com Camila Pitanga

Folha e o Cine Livraria Cultura promovem nesta terça, dia 10, às 20h, a pré-estreia grátis de “Eu Receberia as Piores Notícias de Seus Lindos Lábios”.

O filme narra a história de um triângulo amoroso que envolve um fotógrafo de passagem pelo interior da Amazônia, uma bela mulher e seu marido, um pastor que acredita ser possível consertar o mundo. O filme é baseado no romance homônimo do escritor Marçal Aquino.

Para adaptar o livro de Marçal Aquino (que também colaborou no roteiro), a dupla viajou ao cenário em que ele situa a obra, o interior do Pará.

“Encontramos lá um conflito por terra, de comunidades ribeirinhas ancestrais contra as madeireiras e o agronegócio que avança. Vimos que estávamos contando uma história pessoal num cenário conflagrado”, diz Brant.

A partir da experiência, puseram a luta pela terra e a denúncia do desmatamento como pano de fundo para o longa.

Após a sessão, haverá debate com a participação da atriz Camila Pitanga e dos diretores Beto Brant e Renato Ciasca.

As senhas serão distribuídas com uma hora de antecedência no local.

O filme não é recomendado para menores de 16 anos.

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DE SEUS LINDOS LÁBIOS
DIREÇÃO Beto Brant e Renato Ciasca
QUANDO Terça-feira (10), às 20h
ENTRADA Gratuita
CLASSIFICAÇÃO 16 anos
ONDE Cine Livraria Cultura
ENDEREÇO av. Paulista, 2.073, no Conjunto Nacional
TEL.: 0/xx/11/3285-3696

Fonte: Folha uol

EU RECEBERIA AS PIORES NOTÍCIAS DOS SEUS LINDOS LÁBIOS

Eu Receberia as Piores Notícias dos Seus Lindos Lábios, que deu a Camila Pitanga o primeiro prêmio importante de sua carreira no cinema, o de Melhor Atriz no Festival do Rio há dois dias, é um filme arriscado. Uma história de amor com Lavínia (Camila Pitanga), Cauby (Gustavo Machado) e Ernani (Zecarlos Machado). Na fruição pela carne, na volúpia e no desejo está sua força narrativa e tesão em captar quem assiste.

O longa-metragem de Beto Brant e Renato Ciasca (Cão Sem Dono) é uma das atrações desta sexta-feira (21/10) da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

O triângulo amoroso constitui, na verdade, três partes de um mesmo ser, que se divide para se transformar em fragmentos: o corpo estonteante de Lavínia, que Camila Pitanga nos apresenta com a volúpia de Zezé Motta em Xica da Silva e com a agressividade sensual de Lázaro Ramos em Madame Satã; o olhar, a observação e a construção de Cauby, que tem em Gustavo Machado a encarnação do tipo forasteiro; a oralidade, a argumentação e a palavra do messias Ernani, com Zecarlos Machado defendendo a racionalidade.

Sentir, olhar e falar, três pedaços de quem somos. Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios, título quilométrico extraído do livro de Marçal Aquino, corre riscos ao assumir a busca por uma fruição pelo tato. Se buscarmos na música uma metáfora, sai a execução cerebral do piano, entra a energia do tambor e do atabaque. O vigor do filme está no ritmo sincopado.

Apenas uma história de amor

No palco do abarrotado Cine Odeon, quando o longa foi apresentado dentro da programação do Festival do Rio, os diretores Beto Brant e Renato Ciasca lembraram que o filme se passa numa região de desmatamento que sofre com a presença avassaladora de madeireiras.

Informação desnecessária. Aquela cidade de conflitos políticos e econômicos está dada sem maiores apresentações. Um espaço frouxo na Lei que tem um delegado conciliador. A sensação é que o amor comum aos três personagens tem nesse cenário à deriva a definição perfeita de seu prazer e risco.

Por ser movido a fluidos, energia e desejo, Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios se desenvolve em breves capítulos. Assim sentimentos e entendemos quem é essa mulher intensa e instável, o fotógrafo forasteiro e o orador idealista. Um filme cujos breques podem até estar fora do lugar, mas que não impede a conexão dele e o espectador disposto a aceitar um filme irracional.

Camila Pitanga tem neste longa a sua prova, se ainda for necessária, de que precisa parar de perder tempo com a televisão e viver mais o cinema. Claro que muito de sua atuação cresce por conta da steadicam de Lula Araújo, com quem mantém uma dialética. Mas ela, a atriz, oferece o corpo, o olhar, o movimento, a ternura e o furacão à câmera.

Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios é imperfeito, sim, mas vigoroso e audacioso. Xamânico. Com um charme a mais: se Cauby nos lembra, obviamente, do fotógrafo de Antonioni de Blow-up – Depois Daquele Beijo, o plano final à Mônica e o Desejo nos apresenta uma Harriet Andersson amazônica. Ela se chama Camila Pitanga.

Trailer do filme

A ilha do amor de baixo d’água

Alter do Chão: cheia preocupa moradores e empresários

Rio invadiu alguns trechos da orla e compromete a infraestrutura do local

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O aumento no nível das águas em Alter do Chão tem gerado preocupação aos moradores da vila. O rio invadiu alguns trechos da orla e compromete a infraestrutura do local, um dos pontos turísticos mais frequentados na região.

Os comunitários vivem em alerta caso a cheia deste ano seja comparada ou superior a de 2009. A utilização dos banheiros públicos deve ficar comprometida, alguns banheiros químicos deverão ser requisitados pelo centro comunitário da vila para atender ao público. A iluminação pública da orla está submerssa, uma preocupação para quem visita o local.

“Aqui na orla tem uma rede de energia que na época da construção não foi feita a previsão dessa enchente tão grande e hoje a rede está submersa, então nós temos rede de fios ai que a qualquer momento pode ocasionar um curto-circuito”, relata o representante do conselho comunitário Carlos Santos.

Os moradores solicitaram a Celpa o desligamento da energia submerssa.

Nesse período do ano a movimentação de turistas também diminui, ocasionando um saldo negativo na economia de alguns setores da região.

“Nós temos uma queda junto ao comércio. Os catraieiros ganham, mas eles acabam também não tendo muito turista. Não tendo turistas na pousada você tem uma queda de venda no comércios e no transporte coletivo, e a alimentação nas barracas da ilha e do restaurante ficam mais caras”, explica o morador Cleber.

pesar da cheia dos rios Amazonas e Tapajós é possível encontrar turistas que deslumbram a paisagem imersa da ilha como o empresário Roque Zatt que junto com os amigos gipeiros visitam o local e elogiam o lugar.

“Isso aqui é lindo, perto do que a gente viu até agora que só tava mata e selva, isso aqui é muito lindo, vale a pena”, expressa.

Fonte: @notapajoscom

por ocaboco