IV Encontro Tipiti de Apoio às Iniciativas Juvenis Comunitárias

blogA Rede Mocoronga de Comunicação Popular ganhou mais uma emissora. Camaleão é o nome dela! Isso mesmo, os jovens da comunidade de Enseada do Amorim, se organizaram, elaboraram um projeto para a Chamada de Apoio às Iniciativas Juvenis do Saúde e Alegria, e conquistaram a sua tão sonhada Rádio Comunitária. No dia 27 de abril de 2016 foi a inauguração. Teve muita alegria, emoção e uma oficina para capacitar as crianças e adolescentes que vão atuar na rádio. A proposta é ter um instrumento de educação através da comunicação (educomunicação) na comunidade. Além de entretenimento, a rádio vai servir para divulgar notícias, e promover campanhas educativas. Parabéns aos jovens de Enseada do Amorim, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns por mais essa conquista.

Fonte: Facebook/saudeealegria

Escola indígena na Amazônia

10409639_919022374880311_2617611837098625539_nEquipe de Mobilização de Assistência Técnica e Extensão Rural-ATER do Projeto Saúde e Alegria, em visita a Comunidade de Vila Franca para realizar o trabalho de mobilização dos comunitários, para participarem da Oficina do Lançamento do Plano de Manejo Florestal da Resex Tapajos Arapiuns , visitou a escola indígena Surara Benvinda e em ma conversa com os indígenas Arapiun, onde os mesmos destacaram a importância da parceria do ONG do Projeto Saúde & Alegria com as comunidades ribeirinhas, em especial as aldeias indígenas.. “A anos lutamos por uma educação de qualidade, acreditamos que a educação indígena tem causado um avanço no cenario nacional.Estamos felizes pela conquista do pleno funcionamento da escola Surara Benvinda e pela criação da Associação Indígena Arapiun-AIA, esperamos que mais vezes o Projeto Saude e Alegria visite nossa Escola e que essa parceria se fortaleça”, relatou o cacique Arapiun Enoque Monteiro.

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Por: Wos Oliveira 

ADORÁVEL POVO DA FLORESTA

Projeto inovador no Pará, o circuito de ecoturismo comunitário convida a conhecer, de forma genuína, comunidades ribeirinhas do Baixo Arapiuns, na região de Santarém.
É a oportunidade de se aproximar do modo de vida e da cultura de uma gente forte e fascinante.
Por  Bruna Tiussu    
Fotos  Chema Llanos

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De chapéu de palha, óculos escuros e um sorriso grudado no rosto, Maria Odila Godinho ajeita os últimos detalhes no barco ancorado no porto de Santarém, no Pará. Recebe com empolgação os viajantes e os observa inspecionar o ambiente que será seu meio de transporte, hotel e restaurante durante quatro dias. Ela indica o melhor canto para cada um armar a rede, confere o movimento na cozinha e dá o comando para a embarcação zarpar. Aos 64 anos, esperta como uma menina, Maria é a principal guia do circuito de ecoturismo comunitário que visita unidades de conservação do Baixo Arapiuns. Região que não é só seu lar, mas seu universo, seu maior orgulho.

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Há quem viva uma experiência na Amazônia e se encante principalmente com sua floresta abundante e a rica diversidade da flora. Outros são surpreendidos sobretudo pelos seus rios de dimensões oceânicas, cujas águas chegam a ser mais transparentes que o mar de muitas praias famosas do Brasil. E ainda existem aqueles que ficam maravilhados com o seu povo, uma gente autêntica, cativante e extremamente forte – eu, por acaso, me incluo neste grupo.

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Felizmente, Maria é apenas a primeira oportunidade de se aproximar dessas pessoas que parecem se esconder nos confins da região Norte –
importante braço do Tapajós, o Rio Arapiuns segue a Oeste, chegando perto do limite com o Estado do Amazonas. Além de guia, ela é a presidente da Turiarte, Cooperativa de Turismo e Artesanato da Floresta, que tem como objetivo justamente diminuir a distância entre a população desta porção amazônica e a do resto do mundo. Em parceria com a ONG Saúde & Alegria, que atua ali desde 1987 assistindo 1.200 famílias, o grupo de 54 mulheres e 16 homens hoje consegue levar turistas para algumas comunidades ribeirinhas, onde apresenta o modo de vida, a cultura e a energia do povo da floresta.

 

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Anã, local em que Maria nasceu e onde mantém sua casa, é a primeira parada do roteiro – são 3h30 de viagem desde Santarém. Como é comum por ali, as 96 famílias da comunidade vivem essencialmente do extrativismo e da agricultura de subsistência. O fomento de fontes de renda e de alimentação, aliás, são dois dos pilares mais trabalhados pelo Saúde & Alegria, que dá subsídio técnico para a manutenção de um viveiro de mudas e para o manejo de abelhas, entre outros projetos. Há dez anos trabalhando em seu apiário de melíponas (espécie nativa que não tem ferrão), Alvair produz 90 litros de mel por ano e vende tudo – o litro custa R$40. “Ainda não fazemos com própolis só porque não conhecemos a técnica. Se não…”, diz ele, ávido para melhorar o negócio.

 

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As mulheres da família de Alvair, por sua vez, atuam em outra frente apoiada pela ONG, a de criação de peixes em tanques flutuantes. Algumas “comadres” se juntaram e fundaram o coletivo Musa, Mulheres Sonhadoras em Ação, e, com a ração correta e os devidos cuidados para driblar a acidez do rio, não ficam mais sem tambaqui para assar desde 2005. Acostumada a acumular funções, Maria Odila também é a presidente deste grupo: “A mulher é movida pelos sonhos. Sempre temos um objetivo para correr atrás. E nós corremos, viu”.
O dia em Anã termina em terra firme. Com uma hospedaria construída há dois anos – de madeira e alvenaria, tem telhado de palha, espaço para 20 redes, banheiros e sistema de energia solar –, o barco só volta a ver os viajantes na manhã seguinte, para mais 2h30 de navegação até a comunidade de Atodi, que abriga 46 famílias.

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Lá, os nativos dão uma verdadeira aula de engenharia cabocla ao demonstrar o processo da farinhada. Dirleide – que aprendeu a técnica com a mãe, que aprendeu com a avó, e assim sucessivamente – esbanja habilidade ao moer a macaxeira, separá-la do tucupi, secá-la no tipiti (um espremedor de palha trançada), peneirá-la e, por fim, tostá-la no forno artesanal. “É simples, menina. Quer tentar?”, pergunta-me ela, que então ri, meio tímida, da total falta de jeito da moça urbana.

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O passeio em Atodi ainda inclui a chamada trilha dos castanheiros: 9,5km de caminhada pela floresta nativa, para o deleite dos visitantes. Ou simplesmente o trajeto que leva até os roçados, segundo os moradores. Castanheiras, pequizeiros e árvores com propriedades medicinais, como o barbatimão, são vistas ao longo do percurso que termina com um banho de igarapé. Apesar de também contar com uma hospedaria, o repouso é reservado ao barco. Afinal, outro ponto alto da viagem é dormir com o balanço da embarcação, o barulho leve do rio e o vento oportuno para aplacar o intenso calor de 30 graus.

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A premissa básica do turismo comunitário, a de reconhecer os nativos como protagonistas na gestão das ações, é reforçada na visita à comunidade de Arimum. Enquanto alguns representantes de suas 32 famílias esperam o turista na areia, outros estão a postos para demonstrar o método de fabricação do artesanato a partir da fibra do tucumanzeiro, palmeira típica da Amazônia. Para organizar a atividade, eles formaram o Jararaca, cooperativa que os mantém unidos no objetivo de prosperar com o comércio das peças. Hoje, vendem bijuterias, vasos e enfeites para comunidades vizinhas e até para Santarém.

 

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Quem chega ali aprende, primeiro, qual daquelas árvores é o tucumanzeiro – identificá-lo é fácil só mesmo para quem é da floresta. Depois, acompanha a técnica de separação e de tingimento das palhas, para então arriscar fazer sua própria obra de arte. Confesso não ter sido a aluna que esperavam. Distraí-
me com o urucum e as crianças que adoram ganhar um desenho no rosto. Mas não saí de mãos abanando: uma artesã presenteou-me com um pingente feito especialmente para combinar com meu tom de pele. Um gesto delicado que ajuda a compor o quadro de lembranças dessa gente cativante.

Post, janeiro 01, 2016

by Equipe Azul

in Viagem

Olhar do Caboclo

Hoje o #OlharDoCaboclo não poderia ser outro, nossa belíssima ilha de Alter do Chão.

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Alter do Chão é um dos distritos administrativos do município de Santarém, no estado do Pará. Localizado na margem direita do Rio Tapajós, dista do centro da cidade cerca de 37 quilômetros através da rodovia Everaldo Martins (PA-457). É o principal ponto turístico de Santarém, pois abriga a mais bonita praia de água doce do mundo segundo o jornal inglêsThe Guardian, ficando conhecida popularmente como Caribe Brasileiro.

Alter foi destaque nacional hoje no programa “Mais Você” da rede Globo.

Para aqueles que perderam nossa linda ‪#‎AlterdoChão‬ e ‪#‎Santarém‬ no programa Mais Você? Nós separamos tudinho aqui: Compartilha logo!!

Conheça as belezas naturais de Alter do Chão, PA | http://goo.gl/7fgUIR

Jimmy e Nádia conhecem um zoológico entre Santarém e Alter do Chão, PA | http://goo.gl/74DMSD

Conheça a Ilha do Amor, cartão-postal de Alter do Chão, PA |http://goo.gl/L9mzwk

Jimmy e Nádia entram em um igarapé e conhecem uma das nascentes do Rio Tapajós, PA | http://goo.gl/mB33A1

E rola a festa no Pará com muita dança típica: o Carimbó |http://goo.gl/yVfgwG

Nádia e Jimmy conhecem o mercado de Santarém, no Pará |http://goo.gl/M43b8u

Conheça um pouco da culinária típica do Pará | http://goo.gl/UYTdLJ

Jovens Empreendedores do Tapajós em Contato com as Ferramentas Tecnológicas na UFOPA

Por: Lilian Campelo @RedeMocoronga

III módulo do curso é realizado na UFOPA

III módulo do curso é realizado na UFOPA

Tecnologia e informação. Instrumentos que fazem parte da inovação, e para o Curso Jovens Empreendedores do Tapajós, inovar é empreender.

Os 25 alunos das comunidades da Reserva Extrativista (Resex) Tapajós-Arapiuns iniciaram ontem (4) o III Módulo, até este sábado, dia 6, eles irão se encontrar no laboratório de informática da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

A oficina está sendo ministrada pelo Professor e Mestre Enoque Alves e resume que tecnologia e inovação caminham juntas. “Os avanços da tecnologia provocam grande impacto na sociedade. Pelo lado positivo, a tecnologia resulta em inovações, que proporcionam melhor nível de vida ao homem”,

Adriana Dalbert, colaborada do Projeto Saúde & Alegria, explica que o III módulo visa, “aproximar os jovens das ferramentas tecnológicas, bem como mostrar de que maneira eles podem utilizá-las como parte da sua ideia de negócio social”.

O curso é dividido em dez módulos durante seis meses e conta com a parceria da Fundação Telefônica.

Geração Y?

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Roniellen da Silva, 17 anos, de Parauá-Mangal, teve contato com a internet em Santarém

Com tablets nas mãos, eles passeiam pelos aplicativos que a grande rede oferece. Muitos deles já tiveram contato com as redes sociais, mas navegar pela Internet ainda não é um acesso democrático quando se trata da realidade amazônica, como é o caso das Comunidades de Mangal onde mora Roniellen Batista da Silva, 17 anos. “Na comunidade não pega Internet, pega, mas em alguns lugares e próximo da beira do rio. Eu tive contato mesmo aqui na cidade (Santarém)”.

Assim como Roniellen, a maioria dos jovens da Resex nasceu entre meados da década de 90, o que poderia identificá-los como sendo da geração Y, também chamada de geração da Internet. Essa geração já veio ao mundo conectado pelo chip, fibra ótica, cultura pop, redes sociais, familiarizados com os dispositivos móveis e a comunicação em tempo real, fruto do desenvolvimento tecnológico.

Contudo, os jovens da Resex nasceram na era do tudo ao mesmo tempo e agora, mas não são atingidos pela tecnologia, somente agora passeiam com mais frequencia por ela. A história do acesso à Internet nas comunidades da Resex Tapajós-Arapiuns explica o contato que a juventude tem hoje com a era da informação. 

Em muitas comunidades a Internet foi instalada através da tecnologia 3G por meio da Estação Rádio Base da Vivo em Suruacá, fruto de parceria com o Projeto Saúde & Alegria, e em outras com a construção de Telecentros. Em meio ao debate que é travado em âmbito nacional pela democratização dos meios de comunicação, a região amazônica continua esperando – à margem dos seus rios – uma melhor conexão com as políticas públicas, ou melhor, que elas sejam elaboradas levando em consideração as peculiaridades que cercam a região.

O próximo módulo (IV) será entre os dias 18 a 20 de setembro e irá abordar sobre Ferramentas de Gestão ministrado pela colaboradora Adriana Dalbert.

Confira as fotos do Módulo

Para saber como foi o II módulo…

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Projeto Saúde e Alegria promove Workshop Tecnologias para Transformar

SAM_5815.redimensionadoComeçou no dia 10/10 quinta-feira pela manhã no auditório do Projeto Saúde & Alegria, o II Encontro presencial dos Jovens Empreendedores do Tapajós, uma iniciativa com apoio da Fundação Telefônica/Vivo. A temática do curso é trabalhar as novas tecnologias. Pela tarde, teve a presença da de Martin Restrepo e Gabriel Yuji da Editacuja Editora Transmídia que realizarão nos dias 10 e 11 de outubro, a convite do Projeto Saúde e Alegria, o Workshop Tecnologias Móveis para Transformar. A proposta vem incentivar e contribuir com a formação de criadores de conteúdos de experiências de Mobile Learning (mLearning).

O workshop prevê a contextualização do mLearning na atualidade e a elaboração de atividades com tecnologias móveis por meio de um laboratório de desenvolvimento e cocriação de aplicativos educacionais. Experimenta-se a formação por projetos desenvolvidos colaborativamente e a integração de tecnologias para a transformação loca.

Por quê? Diante de um cenário de mais de 260 milhões de dispositivos móveis no Brasil, é hora de pensar a aplicação de estratégias

de aprendizagem móvel. Os nativos digitais, muitas vezes considerados hiperativos diante do modelo tradicional de ensino, têm acesso a conteúdos transmidiáticos e interativos com potencial de integração ao processo de aprendizagem. Nesse contexto, ao contrário da substituição do modelo atual, é essencial integrar as mídias ubíquas ao processo educacional, promovendo a troca de experiências, o uso de serviços/plataformas com abordagem CGU (conteúdo gerado pelo usuário), atividades em campo, interação e produção colaborativa. O Workshop Tecnologias Móveis para Transformar conecta os participantes à rede de possibilidades de integração dos dispositivos móveis na educação.

A programação do workshop estrutura-se em três eixos: Descubra, Experimente e Invente, articulados aos conteúdos e recursos de mLearning.

 

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Conexão Amazônia é finalista em feira mundial de comunicação móvel

Que alegria em saber que a defesa da minha monografia foi baseada nesse projeto tão lindo  de inclusão social e cultural na Amazônia, mas bonito ainda é saber que estou fazendo parte desse processo. Independeste do resultado do concurso tenho certeza que grandes frutos foram plantados. E quem ganha com isso são as comunidades ribeirinhas. Vila a inclusão digital na Amazônia via ao PSA pelo belíssimo trabalho realizado!! E boa sorte!!!!

O Projeto Conexão Amazônia, realizado pelo Projeto Saúde & Alegria com apoio da Fundação Telefônica / Vivo e da Ericsson, está entre os finalistas do Global Mobile Awards 2013, premiação que ocorre durante o Mobile World Congress (MWC), maior feira de telecomunicações e dispositivos móveis do mundo. O projeto concorrerá na categoria “Desenvolvimento Econômico e Social: Melhor Produto, Iniciativa ou Serviço em Mercados Emergentes” e os vencedores serão conhecidos no dia 26 de fevereiro, em Barcelona.

Eduardo Ricotta, vice-presidente da Ericsson para América Latina, diz: “Desenvolvemos diversos projetos no Brasil, como os ônibus conectados que já circulam em Curitiba usando tecnologia 3G, as crianças da comunidade da Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que agora podem interagir graças a uma solução de educação em nuvem voltada para países em desenvolvimento e um importante projeto de saúde para a rede pública, que vem sendo aplicado em São Paulo e representa um avanço tecnológico na área de saúde. Na Amazônia, ribeirinhos do rio Tapajós ganharam independência com o acesso à internet de banda larga e colocou uma comunidade que até então vivia isolada em uma janela de frente para um mundo de oportunidades. Estamos incluíndo estas pessoas à sociedade conectada a que elas têm direito”.

Para Françoise Trapenard, presidente da Fundação Telefônica Vivo, esse projeto proporcionou a comunidades ribeirinhas da região amazônica oportunidades de desenvolvimento não apenas econômico, mas social e cultural a partir do acesso aos recursos que a sociedade em rede oferece: “A região que, até a chegada do sinal da Vivo, vivia os desafios do isolamento imposto pela geografia da região amazônica, é hoje um lugar de pessoas conectadas, que vem transformando suas vidas e a vida de suas comunidades.” diz. “A motivação original desse projeto tinha foco em Educação e Saúde, visando proporcionar, por meio das novas tecnologias de conectividade, oportunidades de aprendizagem para jovens ribeirinhos e agilizar as atividades de assistência médica à população desenvolvidas a bordo do barco-hospital Abaré. Isso realmente aconteceu. Mas as transformações propiciadas pela conectividade foram muito além.” finaliza Françoise.

Para Caetano Scannavino, Coordenador Geral do Projeto Saúde & Alegria, “o reconhecimento internacional da importância de projetos de inclusão social através das comunicações em nossa região, fortalece uma linha de ação de muitos anos que desenvolvemos nos municípios de Santarém, Belterra, Aveiro e Juruti.  Para nós, a comunicação e a inclusão digital são estratégicas para a promoção da saúde, da educação e mostrar ao mundo a alegria do Caboclo da Amazônia”.

Com população de quase 20 mil habitantes, Belterra é um pequeno município paraense que em 2009 recebeu sua primeira estação radiobase (ERB). Com a instalação dessa rede móvel com tecnologia de terceira geração (3G) para a transmissão de voz e dados, por meio de uma parceria entre a Fundação Telefônica Vivo e Ericsson, mais de 16 mil pessoas já foram beneficiadas com a inclusão digital a que o município foi inserida.

“De lá para cá, foram identificadas mudanças positivas na localidade que vão dos aspectos sociais aos econômicos, trazidos a partir do acesso à telefonia móvel. Numa cidade em que a atividade predominante está relacionada ao setor de comércio e serviços, os benefícios gerados podem ser traduzidos em uma única palavra: desenvolvimento”, explica Carla Belitardo, diretora de Sustentabilidade da Ericsson para América Latina.

Mas Belterra não foi o único beneficiado com a ação. Com o acesso à internet de banda larga, a iniciativa das duas empresas tem proporcionado aos moradores dos cerca de 170 vilarejos da região Amazônica do Pará, que ficam no entorno do Rio Tapajós, não só mais independência, como também o desenvolvimento de projetos com o uso de dispositivos de comunicação móvel nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e geração de renda em conjunto com uma organização não governamental.

Em pesquisa feita pela Universidade do Pará, em 2010, um ano após a disponibilização da tecnologia de terceira geração (3G) na região Oeste do Pará, vários dados sociais foram mensurados de forma positiva à chegada da tecnologia em favor da comunidade. Na pesquisa realizada foram percebidas melhorias em relação ao trabalho, emprego e renda. O serviço de telefonia contribuiu para a criação de empresas e geração de empregos, fazendo com que 92% dos clientes de telefonia celular e internet tenham desempenhado importante papel no desenvolvimento da região.

O resultado será divulgado no dia 26 de fevereiro.

Fonte: @RedeMocoronga